Dentre os blogs que leio e acompanho, destaco o blog da Lola como o mais freqüente e o que mais me provoca reflexão. Seus posts em maioria são engajados, defendem a bandeira do feminismo. Tomando-a como modelo, peço licença aqui para fazer tremular minhas bandeiras também.
Ressalto que defendo, assim como ela, os movimentos sociais das minorias políticas e não considero que "panfletário" seja um defeito. Ser panfletário é uma escolha legítima e racionalmente plausível, ao passo que fingir apatia política não te torna menos político (mas sim, te torna imbecil).
Mas de fato existem maneiras ativas e passivas de ser colocar politicamente. Não se engane: ignorar eleições, manifestações populares, greves e piquetes não te torna apolítico (a menos que você esteja em coma, entubado no mínimo), mas certamente te faz sujeito passivo da política.
Sendo passivo politicamente você legitima o poder vigente e desta forma contribui para que as coisas permaneçam exatamente como estão. Isto é ótimo, se você faz parte da minoria favorecida. Mas, se você, assim como eu, está sendo massacrado todos os dias por esta lógica perversa e nada faz a respeito, então você é um IMBECIL, um desperdício absurdo de oxigênio, carbono, hidrogênio, etc.
Parte disto é pura reatividade, revanche. É um prazer tão primário quanto raro. É quando assistimos admirados uma zebra sair ilesa de um ataque de leão que cai "de fuça" na areia, ou mesmo, quando vemos em Kill Bill, a noiva trucidando Buck, seu estuprador. É o dia da caça!
Parte disto é pura reatividade, revanche. É um prazer tão primário quanto raro. É quando assistimos admirados uma zebra sair ilesa de um ataque de leão que cai "de fuça" na areia, ou mesmo, quando vemos em Kill Bill, a noiva trucidando Buck, seu estuprador. É o dia da caça!
Não deixarei de reconhecer que exigência de reparação é o que muitas vezes une os movimentos sociais. Tal exigência não é injusta ou exagerada: simplesmente é! Só não podemos permanecer nisso, ou do contrário, seremos sempre aqueles que esperam pelo dia da caça.
Daí sempre serão necessárias as políticas compensatórias: vagões exclusivos para mulheres, cotas em concursos públicos, cotas em vestibulares e programas de incentivos fiscais. Políticas desta natureza (ações afirmativas) promovem "o dia da caça", mas infelizmente, não findam o preconceito. É preciso então basear a luta em novas estratégias.
Para deixarmos de ser caça não sejamos caçadores. Ou seja: para deixar de ser oprimidos, não podemos tiranizar outrem. Isso é manter o status quo inalterado. Sejamos ativos e altivos, portanto, mas sem reproduzir o modelo tirânico do patriarcado. Eu não serei vítima, mas também não serei algoz.
"The opposite of war isn't peace, it's creation!" (Jonathan Larson)
"The opposite of war isn't peace, it's creation!" (Jonathan Larson)
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