segunda-feira, julho 25, 2011

Marcha das Vadias no Rio de Janeiro




Demorei para resolver escrever sobre, mas o fato é que eu fui na Marcha das Vadias! E adorei! Homens e mulheres marcharam em Copacabana pelo fim da violência contra a mulher. Já participei de muitas passeatas, mas esta foi especial.
Especial por vários motivos e como minha escrita não vai muito bem, vou fazer por tópico, ok?

1 - As palavras de ordem foram fortes, inspiradas e realmente me fizeram sentir que eu era parte daquilo. óbvio que nem tudo eu entendi e algumas coisas pareceram trollagem pura... A mais sem noção foi quando alguém puxou "late que eu to passando" (não cantei, sei lá, não me pareceu muito político, se é que vocês me entendem) e teve uma hora que cantaram algo como "sexo anal para acabar com o capital". Aí que eu não entendi lhufas, mas também teve o SEUBATISTA, Fora Bolsonaro (essa eu gritei com muito gosto), Fora Míriam Rios, etc.

2 - Muitos cartazes! Inúmeros! Eu mesma acabei não levando (shame on me) como eu planejava pois acordei atrasada e não tive tempo antes. Eu sei que parece desculpa esfarrapada, mas é verdade. Os cartazes estavam inpiradíssimos:



3 - A participação masculina definitivamente não fez feio. Muitos homens estavam lá, apoiando o movimento, segurando cartazes e cantando palavras de ordem. Eu sinceramente pensei que pudéssemos ser hostilizadas por skinheads, ou simplesmente machistinhas inconformados, mas a única "ocorrência" foi a de um policial que resolveu chamar uma das manifestantes de gostosa e levou uma imensa vaia. Esse mereceu o troféu #doentedemônio do ano.

4 - Duas palavras de ordem me deixaram sorridentes por muito tempo: "se o corpo é da mulher/ se o corpo é da mulher/ ela dá pra quem quiser/ inclusive outra mulher". Apesar de ainda achar a expressão "dar", problemática, ainda assim a mensagem foi bem clara, não? A segunda foi em frente à delegacia, depois que foi anunciado o dia e o horário da próxima Marcha da Maconha: "Não é mole não/ ser feminista, maconheira e sapatão!" Eu rachei o bico na hora! Tudo bem, já disse aqui que preconceito não tem graça, mas logicamente a exceção é quando o preconceito é combatido com ironia, como foi o caso. 

5 - Menção honrosa para quando foi relatado o caso do bispo que não acredita em estupro . A palavra de ordem não poderia ser outra: "hey, Bispo! Vai tomar no cu!". Me senti levemente vingada quando gritei isso. Juro!

6 - Último item, mas não menos importante: participar desta marcha fez com que eu me sentisse mais feminista, como sair do armário do feminismo, entende?

Para este post, resolvi não teorizar demais e falar mais do que significou fazer parte disto (junto com uma amiga minha) para mim. Me fez querer reafirmar uma vez mais que não serei vítima!

Até a próxima, vadias e vadios do meu coração!


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