- Intrigante...Muito intrigante! – Dough tinha um olhar atento, mas ainda se manteve por vezes apreciando seu charuto predileto.
- E então? Uma coisa dessas e isso é tudo que você tem para me dizer?
- Sim...E não. Este assunto simplesmente não me preocupa. Por que deveria?
- Eu estou te dizendo que Igor enlouqueceu e é isso que você acha?
- Veja bem meu caro Árcon: Igor enlouqueceu e não tenha dúvidas disso. E exatamente por isso é que eu não preocupo. O que deve acontecer certamente é que em breve ele será chamado à Viena e lá tudo se resolverá.
- Tão simples assim?
- Sim e não. Em breve serei o Príncipe desta cidade e sim, ela prosperará como nunca!
- Como sabe que você será o Príncipe? O que o faz tão seguro?
- E por que não? Afinal eu sou muito rico e poderoso, sou refinado e sensível, sou...Enfim, sou o Príncipe perfeito. Ou você discorda?
- Não, de forma alguma. Mas, veja bem: o que te leva a crer que Adônes irá aceitar isso pacificamente?
- Adônes? É, eu já ia me esquecendo deste detalhe. Sim, ele pode me atrapalhar, se assim desejar. Mas lembre-se de que eu ainda posso tê-lo ao meu lado. Eu sou muito bom em fazer acordos favoráveis...
- Não se esqueça de que todas as suas habilidades são muito bem vistas por nós e muito úteis entre humanos, mas você precisa entender que um vampiro tão antigo quanto ele naturalmente não se deixa seduzir tão facilmente.
- Sim. Talvez você esteja certo. Então deixemos que as coisas se resolvam e então a primigenie decidirá quem dentre nós será o novo príncipe.
- Ademais Dough, não se esqueça que o poder de Igor ainda não caiu e as coisas ainda vão demorar para se resolver. Você sabe, acho que o círculo interno e os Justicares não irão se importar tanto assim com uma cidade assim tão sem...
- Importância...
- Visibilidade, para ser mais exato.
- Que seja. Acaso não aprecias um cubano?
- Decerto que sim. Por que não?
- Sabe, não importa o que diz Fantine. Ter a sua companhia é muito agradável pra mim. Mulheres! Mesmo quando imortais ainda se importam com futilidades, não é mesmo?
- O apoio dela é dispensável. Não se importe. Existem...
- Não diga bobagens! Cada voto é importante. Não posso correr o risco de que ela vá para o outro lado, não mesmo.
- Bem então bebamos mais uma taça porque a noite é longa!
Nenhum comentário:
Postar um comentário