quarta-feira, julho 23, 2008

Amor Pagão

Boas novas trouxeste
Meu viajor apaixonado
E em louvor anunciaste
Que o amor chegou a este coração cansado

E entre pétalas de rosas,
Incensos e fogueiras
A natureza arruma-se formosa
Com suas artes, brincadeiras.

Compus canções divinais
Com harpas, cítaras
E essências florais.

Chegaste em mim voraz
Chegaste em meu coração
Chegaste com os animais
Chegaste como um ladrão.

Saíste com sua magia
Saíste com suas canções
Saíste com seus olhares
Saíste com suas tentações

Roubaste minha alma
Roubaste meu coração
Roubaste minha calma
Roubaste minha razão

Foste...Nunca mais o vi
Foste...Nunca mais o senti
Foste...Nunca mais amei
Foste...Nunca mais me elucidei

Esperei você chegar
Voltar como andorinha no verão
Esperei você me amar
Que pena...Foi em vão
Estou agora sem coração
A Deusa foi-se embora pelos campos
E nunca abençoou
O meu amor pagão.

17/12/01


POis então. Escrevi este poema em 2001 e nesta época tinha apenas 15 anos. O interessante é que até então jamais tinha vivido algo parecido e nenhuma destas palavras tinha relação com a a minha realidade e por muito tempo me perguntei: para quem escrevi isto?
A resposta era simples: para mim mesma!
Falava de coisas que queria viver, falava de sentimentos que não compreendia mas desejava.
Por que estou postando?
Acho que é porque só agora parece fazer sentido.

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